Depois de realizar um torneio de futebol em 2015, a Associação Mineira de Reabilitação (AMR) promoveu nos dias 17 e 19 de maio, o primeiro campeonato de basquete da instituição. Nos dois dias de competição o evento reuniu cerca de 200 crianças e adolescentes, divididos em times que representaram agremiações da National Basketball Association (NBA), como os Lakers, Bulls e Celtics.
O mestre de cerimônias abriu o evento recitando uma bela poesia sobre basquete escrita pela adolescente atendida pela AMR, Beatriz Gabriele, a Bia. Carregando as bandeiras dos times os meninos e meninas desfilaram sorridentes acenando para a plateia que, com muitas palmas prestigiava a entrada dos atletas. Entusiasmada, a torcida fez uma “ola” bem animada e acompanhou atenta cada quique da bola e, quando alguém fazia cesta, os gritos de comemoração dos pais, parentes e amigos presentes preenchia de boa energia a quadra da Esporteterapia.
O supervisor de esportes da AMR, Guilherme Sette Câmara, destaca os aspectos que envolvem uma competição e o quanto são importantes para as crianças atendidas pela instituição: ganhar e perder, esforço físico, motivação, superação e cooperação, aprender a relacionar com a torcida, adversários, árbitros e treinadores.
Ainda segundo Guilherme, a competição de basquete faz parte do planejamento anual da Esporteterapia, que integra o projeto “Superando as diferenças através do esporte”, financiado pelo Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD) do Ministério da Saúde. “Procuramos fazer com que os nossos alunos tenham o maior número de experiências motoras durante o ano, inclusive participar de competições esportivas”, explica o supervisor.
Vanda Felipe mãe de Ícaro Felipe conta que foi ótimo ver seu filho participando do campeonato, “assim ele aprende que é capaz de superar os desafios através do esporte. Para quem está lendo essa matéria quero dizer que se acaso um dia descobrir que seu filho possui algum tipo de deficiência, lute e siga em frente, pois você consegue!”, declara Vanda.
Moisés Jorge começou a ser atendido pela AMR ainda bebê e não tinha perspectiva de conseguir andar por causa de problemas graves nas duas pernas. Hoje, aos 16 anos, joga no time paradesportivo do Serviço Social da Indústria (SESI). Ao ser questionado se pensa em seguir carreira no basquete, o garoto responde, “a adrenalina no sangue me deixa muito animado, penso que daqui a alguns anos estarei jogando, mas existe a possibilidade de me tornar professor de educação física, pois desejo fazer faculdade”, diz entusiasmado, o adolescente.