Na II Copa do Mundo da AMR, todos foram campeões

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copa do mundo1A Seleção Brasileira de Futebol foi à Rússia, mas não conseguiu trazer a Taça do Mundo. Porém, na Associação Mineira de Reabilitação (AMR) também teve Copa do Mundo e os 160 atletas – crianças e adolescentes atendidos pela ONG, todas elas com algum tipo de deficiência física ocasionada, em sua maioria, por paralisia cerebral e outras síndromes neurológicas –, foram campeões, com direito a medalha!

A II Copa do Mundo da AMR aconteceu nos dias 04 e 05 de julho, na quadra de esportes da instituição. A saudável competição teve as regras adaptadas pela equipe da Esporteterapia, com o intuito de permitir que todos participassem do campeonato. Isso porque a maioria deles usa cadeiras de rodas, órteses, próteses ou bengala. Entre as mudanças estava a enorme bola usada, que teve como intuito permitir que todas as crianças conseguissem alcança-la para buscarem o gol. Foi permitido usar as mãos ou qualquer outra parte do corpo.

Antes de iniciar a partida, os times Brasil Verde, Brasil Azul e Brasil Amarelo, todos uniformizados, realizaram um desfile, e cantaram o Hino Nacional. Times apostos, foi a hora de entrar em campo.

Surpresas
As partidas tiveram reforços especiais. As equipes entraram em campo com as mascotes do Cruzeiro e do Atlético, que animaram as partidas. No dia 4 de julho quem fez a festa com os atletas foram o Raposão e a Raposinha. Já no dia 5 de julho, foi a vez do Galo Doido. Ambos, além de entrarem em campo, também trouxeram brindes para serem sorteados e de tiraram muitas fotos.

copa do mundo02Emir Rodrigues, relações públicas do Cruzeiro que acompanha o Raposão nas ações, falou sobre a importância de promover a inclusão social. “A interação das mascotes faz a diferença no dia a dia das crianças e familiares. Quando participamos de um evento como esse, o intuito é levar alegria, entusiasmo, fazer o dia melhor para pessoas. O Raposão e a Raposinha estão sempre presentes nesse tipo de ação. A interação das mascotes com as crianças e vice-versa busca levar o respeito de um pelo o outro, independentemente de time. O Raposão e a Raposinha interagem com cruzeirenses, atleticanos e americanos, sem fazer distinção de time”.

 

copa do mundo3Andrea Paiva, produtora de Eventos do Atlético, contou que “o Atlético adora realizar ações desse tipo. É um prazer em estar com as crianças! Promover a inclusão social é um passo grande para acabar com a descriminação e a ideia errada de que as crianças com algum tipo de paralisia não conseguem participar de atividades como essa. É importante mostrar que elas são, sim, capazes de jogar futebol. A luta pela inclusão social é um passo grande para essas crianças”.

 Torcida

Jogo de futebol sem torcida não é a mesma coisa, e na nossa Copa não poderia ser diferente. Composta por pais, mães e responsáveis, com muita alegria e empolgação todos eles apoiaram as crianças. A cada lance, gritos de incentivo partiam da plateia.

Marya Edwarda da Silva Lopes (14 anos), que desde os sete anos realiza tratamento na AMR, era uma das atletas que tinha uma torcedora animada, sua mãe Luzia Pereira, que se emocionava a cada partida que sua filha jogava. Ela falou um pouco sobre a importância da Esporteterapia para Marya. “A minha filha aprendeu o que é regra, o que é ganhar e perder com a esportetereapia. Antes ela não entendia e não aceitava perder. Com as atividades desenvolvidas, minha filha percebeu que tem hora que a gente ganha e em outras a gente perde. Ela aprendeu a interagir com as crianças e com as pessoas. A cada dia uma nova experiência. E nós também acabamos aprendendo um pouco”, contou.

Patrocínio
A realização da II Copa do Mundo da AMR só foi possível graças ao Corpo de Voluntários da Associação, que organizou o evento, buscou parceiros e até patrocinou alguns itens, como as medalhas e camisas.

Cristiana Brasil está há oito anos como voluntariado da AMR, e falou da satisfação em fazer bem ao próximo, e da gratidão em receber as famílias. “Hoje eu ajudo na fabricação de fraldas, que são entregues mensalmente para as crianças que precisam. Acredito que todo esse trabalho realizado pela AMR, em consonância com todos os setores, fazem toda a diferença na vida dessas crianças. E ter esse tratamento completo é um privilégio para elas. Momento de gratidão, de alegria”, explicou.

Também ajudaram na realização do evento a Versão Brasileira; Toninho Barbosa e equipe da TB Caips; e Morieli Festas, que doou as medalhas.

 


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