No dia 13 de Abril é comemorado o Dia Internacional dos Jovem.  Esta data foi estipulada com o intuito de repensar ações e tratativas para os indivíduos que estão vivenciando a juventude em todo o mundo.

Sabe-se que o período da adolescência e transição para a vida adulta é uma fase do desenvolvimento de muitas mudanças físicas, emocionais e psicossociais, o que torna esse período muito desafiador. E, você sabia que para o jovem com deficiência física esses desafios podem ser ainda mais intensificados? Foi pensando nisso, que o Núcleo de Ensino e Pesquisa da Associação Mineira de Reabilitação (AMR) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu uma pesquisa com o objetivo de compreender as preocupações de adolescentes com deficiência física na adolescência e suas expectativas em relação à vida adulta. Os jovens deste estudo manifestaram interesse de se envolverem em atividades típicas da adolescência como: sair com os amigos, namorar, sexualidade e tomar decisões, assim como os jovens sem deficiência. No entanto, eles apresentaram dificuldade de vivenciar essas atividades devido à superproteção dos pais, práticas sociais discriminatórias e as limitações vivenciadas no dia a dia. Dessa forma, seguem algumas ações reportadas no estudo que podem promover uma transição para a vida adulta mais eficaz de jovens com deficiência física:

• Construção da auto identidade através da conscientização dos jovens com deficiência sobre seus potencias, habilidades e limitações.
• Incentive os jovens a estipularem metas realistas e promover ajustes de expectativas em relação ao futuro.
• Incentive a participação e engajamento dos jovens nas atividades de auto cuidado e tarefas domésticas no ambiente domiciliar, visando a construção da independência e autonomia.
• Se necessário adapte as atividades e ambiente para promover a participação do jovem na casa, escola e comunidade.
• Dê voz ao jovem e incentive a vivência de atividades significativas e prazerosas durante essa fase da vida.
• Desenvolva estratégias junto aos pais/cuidadores para diminuir a assistência física e emocional, vislumbrando o senso de auto eficácia dos jovens.

Referência do estudo: Brandão MB, Bueno KMP, Silvério APM, Antunes FIT, Feitosa AM, Figueiredo PRP, Mancini MC. “Listen to us!” A qualitative study of adolescents with disabilities to help plan a transition service. Child Care Health Dev. 2022 Feb 28. doi: 10.1111/cch.12992.